Resumo - Teatro do Oprimido

Essa forma de teatro produz uma grande excitação entre os participantes, pois a divisão que existe entre atores e espectadores é quase que nula. Uns escrevem e outros representam quase simultaneamente. Os espectadores sentem que podem intervir na ação. Tudo está sujeito a intervenções e críticas, tudo é transformável. Os atores devem estar sempre prontos a aceitar qualquer proposta e não se opor a nenhuma. Devem simplesmente representá-las, mostrando quais serão suas consequências, suas indicações e contraindicações. Não existe certo ou errado, é a própria representação teatral que mostrará os acertos e desacertos de cada proposta. Os atores tem a missão de interpretar os pensamentos de cada espectador que expõem suas ideias e propostas. O ator deixa de interpretar o indivíduo e passa a interpretar o grupo, deixa de interpretar um texto e passa a interpretar algo espontâneo.

Segundo Grau: Teatro-Imagem Neste segundo grau o espectador interage mais diretamente. É necessário que ele expresse sua opinião sobre um tema determinado para que seja discutido entre todos os participantes. O mais interessante e diferente nesse grau é que o participante terá que expressar sua opinião sem falar coisa alguma, deve apenas usar os corpos dos demais participantes para “esculpir” com eles em conjunto de estátuas, te tal forma que suas opiniões e sensações sejam compreendidas. Não é permitido falar em nenhuma hipótese. Depois de organizado, deve-se discutir com os demais participantes, se todos estão de acordo ou propõem modificações. Todos têm o direito de modificar o primeiro conjunto, no todo ou em parte. O importante é chegar a um conjunto modelo que, na opinião geral, seja a concreção escultural do tema apresentado. Quando finalmente se chega a uma figura aceita mais unanimemente, pede-se ao escultor que faça outra imagem mostrando como ele gostaria que fosse o tema dado. Basicamente o primeiro conjunto deve mostrar a imagem real e o segundo a imagem ideal. Todo o