resumo sobre a função social da poesia
Várias vezes nos questionamos sobre o valor da poesia, qual sua importância? Por que exprimir sensações, descrever causos e acasos por meio de versos? É inquestionável que o ser humano nasceu predestinado a sentir, por isso, talvez, a necessidade de expressar tais sentimentos de alguma forma. No entanto, além do cunho sentimentalista sabemos que poemas não são apenas poemas: não expõem meras sinestesias e em sua grande maioria são dotados de cunhos sociais. Eis então a questão: Qual a função social da poesia?
Conforme Thomas Stearns Eliot a poesia pode ser dotada de desígnio social, mas não somente disso. Considerando a alusão a casos antigos nos quais se entoavam cantos com a finalidade de curar algumas doenças ou em rituais religiosos, deixando claro que quando se recita algo, há um propósito social, o qual acredito poder ser associado ao cordel, que em seus primórdios não era escrito e sim cantado, então quando sua forma escrita enfim foi adotada, foi como se de fato existissem registros sobre as suas histórias, - geralmente contavam os episódios da vida de um povo - que nesse momento de escrita não se prendia somente à oralidade e à preocupação de conseguir manter vivas suas histórias paras as próximas gerações. Particularmente, considero a poesia, assim como as narrativas de cordel, o registro escrito que pode ser perpetuado na sociedade resguardando uma identidade, mas, como o próprio T.S. Eliot menciona, a especificidade de cada gênero poético se relaciona com alguma outra função de seu assunto. O autor concebe que o verdadeiro poeta ao exprimir seus sentimentos consegue transpassá-los a outros indivíduos, fazendo com que sintam o que ele sente, mesmo que não tenham experienciado da mesma situação. Sendo assim, para ele, a essência do poema é caracterizada pelo prazer que este proporciona, que é melhor expresso na “língua comum do povo”, pois não há como ensinar alguém a “sentir”