resumo sobre tédio e alienação
Nosso contexto econômico, político, social, e até mesmo religioso aponta sempre para o indivíduo. Coloca o indivíduo no centro, porém o lado socioefetivo do homem parece que cada vez mais é jogado de lado como se este não tivesse valor algum. Após as mudanças de um século, já podemos perceber como esses avanços que as críticas á estrutura dos séculos anteriores trouxeram também tem seu lado negativo. Hoje é comum vermos as pessoas falarem que estão entediadas, que tudo é tedioso, que nada resolve essa situação de tédio. Logo, o que podemos concluir de antemão é que esse tipo de tédio na verdade revela como as vidas estão se tornando vazias e como as pessoas estão se perdendo, perdendo seu lado humano, exatamente por causa do individualismo.
Schopenhauer é um autor que influenciou muito nosso período e nossa cultura, para ele a realidade se expressa de duas formas: como vontade e como nós o vemos. A partir da questão do desejo, na relação do homem com o mundo, Schopenhauer abre espaço à frustração que o homem está sujeito a viver por causa de suas vontades. Assim, ele sofre por não conseguir realizar seus desejos muitas vezes, o que torna sua vida extremamente infeliz. Para ele a conquista, a realização de um objetivo, a conquista de um objeto desejado, é caminho para um novo desejo. Para Schopenhauer, a vontade é algo que tem como uma espécie de existência própria. Ela de certa forma conduz a história, porque o ser humano é uma espécie de encarnação dessa vontade metafísica.
O tédio no contexto da filosofia shopenhaueriana nada mais é que um prelúdio da morte, ou uma espécie de morte em vida. Surge assim a ideia do ‘’pêndulo’’. Para o autor a vida humana é um pêndulo entre o desejo, o sofrimento e o tédio. A vida humana é regada pelo sofrimento e pelo tédio. Não há como escapar dessa situação segundo o pensamento shopenhaueriano. O homem tenta fugir dela, mas a única forma real de se escapar desse dilema é a morte. O tédio faz seres que se amam tão pouco,