Emil Cioram

3639 palavras 15 páginas
Módulo 2 – A natureza humana e sua dimensão utópica

Você já pensou sobre a natureza humana? O que é próprio do nosso ser? Debruçandonos sobre essa reflexão, muitas coisas aparecem. Somos seres racionais, mas, somos todo o tempo? Somos inteligentes – um! -, possuidores de cultura e de ética, mas, neste módulo, irei destacar alguns aspectos: trabalho e utopia, agregados à cultura e à alienação. Repare que, a cada módulo, o que foi estudado anteriormente alimenta o estudo presente, que, por sua vez, contribuirá no entendimento dos próximos módulos.
Inicialmente, tratemos do conceito de trabalho. Há uma diferença entre emprego e trabalho. É possível ter um sem o outro. Explico: na sociedade capitalista, temos a troca de mercadorias como base de nossa sociabilidade, e, nesse sentido, a venda da força de trabalho
(venda é o nome que se dá a uma troca intermediada pelo dinheiro) a um empregador que a compra se efetiva, normalmente, pela ocupação de uma vaga de emprego. Na antiguidade, por exemplo, não havia emprego, como o entendemos hoje, mas havia trabalho. Isso, porque o homem não vive sem trabalhar.
Desde que o homem está no mundo, ele trabalha. Trata-se de uma condição ontológica do ser, uma condição inata à sua sobrevivência. O que estamos entendendo como trabalho?
Trabalho é a ação transformadora do homem sobre o mundo para sobreviver. Quando se corta uma árvore para fazer uma fogueira, ou desvia-se o curso de um rio para irrigar um terreno ou ainda quando se retira o couro de um animal para se aquecer, o homem está trabalhando.
Um dos textos clássicos nesse tema, usado na área de Ciências Humanas (Filosofia,
História, Geografia e Sociologia) é o de Friedrich Engels. Nascido na Alemanha em 1820, este autor produziu uma obra que se tornou leitura obrigatória para a reflexão sobre o papel do trabalho em nossa humanização. O título expressa bem isso: “Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem”. Este texto está disponível no

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