Resumo: Seis passeios pelo bosque da ficção
No Capítulo Protocolos Ficcionais , do seu livro Seis passeios pelos bosques da ficção publicado em 1994 , o Autor Humberto Eco, expõe um pensamento da realidade como uma história de ficção, Eco defende a ideia de que deveríamos tentar entender o mundo real como uma obra fictícia , e convida o leitor a questionar-se sobre isso logo no inicio do Capítulo , além disso, o autor nos revela vários autores que em suas obras, fizeram esta junção de realidade e ficção trazendo para suas histórias as complexidades e mutações típicas da vida real. Muitos teóricos propõem uma distinção entre Narrativa Natural e Narrativa Artificial , onde Narrativa Natural descreve fatos da realidade (verdadeiros ou falsos) sustentados pelo narrador , e já na Narrativa Artificial a ficção é a representação mais forte e esta apenas finge dizer a verdade sobre o mundo real, ou afirma dizer a verdade sobre um mundo ficional. A narrativa artificial é dotada de maior complexidade que a natural , o que faz com que o leitor a reconheça como uma história não-real são os paratextos, que orientam ao leitor sob qual perspectiva ele lerá o texto proposto. Na ficção a realidade é projetado , e com uma riqueza de detalhes que são incontestáveis típico das histórias fictícias, além de trazer os elementos reais convincentes necessários para que o leitor se envolva completamente com a história a ponto de trazer para a vida real personagens e acontecimentos ficcionais. Eco ainda afirma que o próprio “eu” é a continuação de alguém, de uma história, que o autor chama como memória individual que permite contar as histórias que presenciamos ou participamos , e existe também a memória coletiva que nos transmite a história de outro , da mistura dessas duas memórias reconstruímos a nossa história dos nossos antepassados renovando um ciclo que dá a ideia de imortalidade. Por fim a ficção é o espaço onde o adulto pode analisar as situações cotidianas e o comportamento para saber como agir na vida real,