RESUMO: "Saúde e Doença: Significações e Perspectivas em Mudança"
Saúde e Doença: Significações e Perspectivas em Mudança
Antigamente as definições relacionadas à saúde e doença eram pouco esclarecedoras e se reduziam a estados de desconforto físico ou de bem-estar. A doença era definida como “ausência de saúde”, portanto a saúde era definida como “ausência de doença”. Com isso, componentes emocionais e sociais foram negligenciados. Apesar de não existirem definições universais da saúde e doença, sabe-se que a presença ou ausência de doença é um problema pessoal (a capacidade individual está relacionada à saúde física e mental) e social (a doença pode afetar outras pessoas significativas). O percurso histórico de definições e conceituações da saúde e doença é, desde os tempos mais remotos, e agrega construções de significações sobre a natureza, as funções e estrutura do corpo e sobre as relações corpo-espírito e pessoa-ambiente. Com isso, podem-se considerar quatro grandes períodos que descreve a evolução dos conceitos de saúde e doença: período pré-cartesiano (até o séc. XVII); desenvolvimento do modelo biomédico (revolução industrial); primeira revolução da saúde (séc. XIX); e segunda revolução da saúde (iniciada na década de 70). Para o período pré-cartesiano a doença era resultado de um desequilíbrio devido a influencia de forças exteriores, como é o caso das estações do ano. E a saúde significava mente sã em corpo são e para uma manutenção da saúde teria que seguir um estilo de vida consonante com as leis naturais. O período de desenvolvimento do modelo biomédico baseia-se num visão cartesiana do mundo e considera que a doença consiste numa avaria temporária ou permanente do funcionamento de um componente ou da relação entre componentes. Esse modelo centra-se na doença. O período da primeira revolução da saúde centra-se na prevenção da doença, pois a saúde é concebida como sendo a ausência de doença e esta é conceitualizada considerando as perturbações que se processam na dimensão física da pessoa. Já o