1667 3509 1 PB
CÂNCER*
Rosângela Inês Wayhs
Ana Isabel Jatobá de Souza
RESUMO. Trata-se de pesquisa exploratório-descritiva realizada com cinco crianças com diagnóstico de câncer, internadas em unidade hematooncológica de hospital pediátrico do
Sul do Brasil e que teve como objetivo permitir a expressão sobre “as imagens do que significa estar no hospital”. Como estratégia metodológica foi utilizada a oficina lúdica na qual os dados foram coletados a partir de desenhos e de depoimentos verbais. Os dados foram analisados com o auxílio de autores sobre o imaginário e o cotidiano. As crianças pesquisadas exprimem imagens sobre o que é bom e o que é ruim no hospital; o ser saudável e o cuidar. Constatou-se que as imagens se encontram relacionadas com a cultura, muitas delas influenciando as crenças sobre a saúde e a doença. Este trabalho reforça importância de o profissional da saúde estar atento às expressões das crianças, permitindo que estas expressem o sentir e o pensar, ampliando as possibilidades do saudável, mesmo na presença de doença como o câncer.
Palavras-chaves: Enfermagem; criança; câncer; hospital; imagem
I.
INTRODUÇÃO
Estar no hospital para a criança significa rompimento brusco com o cotidiano em
que vive. Representa uma mudança significativa no viver, exigindo desta e de sua família novas formas de organização. Estar doente e hospitalizado pode determinar na criança limitações cujas conseqüências estão diretamente relacionadas à idade, ao padrão de interação familiar, à duração da internação, ao curso e ao tipo da doença, entre outros aspectos (WONG, 1999). As principais limitações impostas a elas estão relacionadas à socialização, aos hábitos anteriormente adquiridos, às habilidades em desenvolvimento e principalmente ao brincar, que para a criança representa sua principal atividade. Quando a essas limitações se associa o diagnóstico de câncer, que traz consigo tempo de
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Trabalho apresentado como