Ego, pensamento e emoção
Nós somos uma espécie que tomou o caminho errado. Tudo o que é natural, todas as flores e árvores, assim como todos os animais, teriam importantes lições a nos dar se parássemos, olhássemos e escutássemos. Quantos de nós em meio aos milhões de habitantes desse imenso planeta já conseguiu capturar a mensagem contida no confronto entre dois patos. Após o confronto, que nunca demora muito, eles separam-se e afastam-se em direções opostas. Em seguida, cada um deles bate as asas vigorosamente algumas vezes, liberando assim o excesso de energia acumulada durante a luta. Depois disso, eles nadam em paz, como se nada tivesse acontecido. Imaginem se o pato tivesse a mente de um ser humano, ele conservaria a luta viva no pensamento por meio de uma história, que provavelmente seria assim:”Não acredito no que ele acabou de fazer. Ele chegou a poucos centímetros de mim. Pensa que é dono do lago. Não têm consideração pelo meu espaço privado. Nunca mais vou confiar nele. Da próxima vez, ele vai fazer a mesma coisa só para me aborrecer. tenho certeza de que já está tramando alguma coisa. Mas não vou suportar isso de novo. Vou ensinar a ele uma lição de que não vai se esquecer”. Assim a mente cria suas histórias, uma atrás da outra, e continua pensando e falando sobre elas durante dias, meses ou anos. Para o corpo a luta continua indefinidamente, e a energia que a mente produz ( os pensamentos) gera emoções que por sua vez, suscitam mais pensamentos. Esse é o ciclo vicioso mente/emoção ditado pelo ego. Imagine o quanto a vida do pato se tornaria problemática se a mente dele fosse humana, mas, incrivelmente é assim que a maioria das pessoas vive a maior parte do tempo .Nenhuma situação, nenhum acontecimento, jamais termina de verdade. A mente e o “eu e minha história” criado pela própria mente, se encarregam de dar continuidade a uma repetição sem fim..