Resumo romantismo
A ideologia liberal herdada da influência do Iluminismo no mundo ocidental somada à filosofia de Voltaire, Rousseau e Locke, entre outros, fizeram da mentalidade europeia, sobretudo no que diz respeito ao atraso político, representado pelo regime absolutista, uma abominadora de fatores repressivos. O governo deveria ter a função primordial de blindar a sociedade das mazelas sociais sendo, além de administrador, aliado do povo. Contra o Absolutismo, levanta-se o poderio de uma burguesia sedenta por destaque no cenário econômico e político europeu. Representante da revolta dessa classe é a Revolução Francesa (1789) que, sob a égide dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, lega à posteridade a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a trifurcação do poder em Legislativo, Executivo e Judiciário e também a entrega do domínio à burguesia. Além da queda do sistema monárquico absolutista, o sistema colonial, sobretudo no Novo Mundo, também enveredou pela mudança política, havendo um levante contra a Europa e, consequentemente, legitimação de várias independências. A do Brasil acontece em 1822.
Apesar da França está num contexto de Revolução Francesa e de ser o centro propagador das tendências artísticas na Europa, o Romantismo teve nela o acolhimento e divulgação que fez do movimento um dos mais polarizados da história literária. No entanto, é na Inglaterra e na Alemanha que o Romantismo tem suas origens e nasce dentro da necessidade da busca pelo passado individual das nações, do sentimento em detrimento da razão, da ruptura com o molde da arte clássica, do retorno ao primitivo, da liberdade de expressão, é o movimento alemão denominado de Sturm und Drang (ímpeto e violência).
No Brasil, o Romantismo encontra terreno fértil. A chegada da Família Real em 1808 traz não só o desenvolvimento do Rio de Janeiro, onde ficou instalada, mas também um prelúdio do que aconteceria anos depois. Com a abertura dos portos o maior trânsito