Resumo por capítulos o livro sobre a morte e o morrer
Capítulo ISobre o temor da morte
Capítulo I
As mudanças ocorridas nas últimas décadas são responsáveis pelo crescente medo de morrer, pelo aumento dos problemas emocionais e pela grande necessidade de compreender e lidar com os problemas da morte e do morrer. Em nosso inconsciente, a morte nunca é possível quando se trata de nós mesmos. É inconcebível morrer de causa natural ou idade avançada. A morte está ligada a uma ação má, a um acontecimento medonho.
A criança vê a morte como algo não permanente, quase não diferenciando de um divórcio entre seus pais. Quando crescemos e percebemos que nossos desejos mais fortes, não tem força suficiente para tornar possível o impossível, desaparece o medo de ter contribuído para a morte de um ente querido e, conseqüentemente some a culpa, mas, o medo de morrer permanece “escondido”, só enquanto não for fortemente despertado. Uma criança de cinco anos que perde a mãe tanto se culpa pelo desaparecimento dela, como se zanga porque ela a abandonou.
A morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal, mesmo sabendo que podemos dominá-lo algumas vezes. Quando permitimos que um paciente, termine seus dias no querido ambiente familiar, isto requer dele, uma melhor adaptação da morte. O fato de permitirem que as crianças continuem em casa, onde ocorreu uma desgraça, e participem da conversa, das discussões e dos temores, faz com que não se sintam sozinhas na dor.
Morrer é triste demais sob vários aspectos, sobretudo é muito solitário e desumano. Morrer se torna um ato solitário e impessoal, porque o paciente é removido de seu ambiente familiar e levado ás pressas para uma sala de emergência. O caminho para o hospital é o primeiro capítulo da morte.
Quando um paciente está gravemente enfermo, é tratado como alguém sem direito a opinar. Quase sempre é outra pessoa quem decide sobre si, quando e onde um paciente deverá ser hospitalizado. Devemos lembrar que o doente