Resumo do Capítulo VIII do Livro Sobre a Morte e o Morrer
O capítulo chamado Esperança começa dizendo que todos os pacientes tem esperança, ainda que sejam pessimistas ou realistas, há algo que os move. Este sentimento faz com que dia a dia o paciente lute contra sua doença, que por muitas vezes está em estado avançado ou terminal, e suporte o ambiente hospitalar, os exames, injeções, remédios periódicos.
Mas em que consistiria essa esperança, se teoricamente a patologia está em estado terminal e vai levar o paciente a óbito em determinado tempo? A esperança vem do que não existe, ou que pode até mesmo parecer surreal pra medicina atual. A medicina com todos os seus avanços e suas conquistas, tem suas limitações, que talvez daqui a alguns anos sejam pequenos degraus. Porém, o foco de toda esperança está em um possível novo medicamento, na possibilidade de um tratamento inovador ou de uma cirurgia inédita. E mais, o paciente espera ser o “escolhido” para testar essas eventuais conquistas médicas.
O livro trata ainda da relação médico-paciente terminal enfatizando que se o paciente ainda tem esperanças, não é o médico quem deve tirá-la. Pelo contrário, a atitude do médico deve ser de não desistir de seu paciente, agindo como um amigo. No entanto, vale lembrar que o método usado não deve ser a mentira pelo amor, já que o paciente se sente muito mais confiante e esperançoso quando a situação não está obscura e ele sabe da realidade dos fatos e da eventual gravidade da doença.
Segundo o Dr. Bell, todo paciente tem direito a um tratamento eficiente, independente da gravidade do seu estado de saúde. Para isso, o médico de fato não pode perder a esperança e isso pode ser conseguido através da atitude de esperança do próprio paciente.
Dois conflitos marcam o processo de esperança. A primeira fonte de transformação de esperança em desesperança é proveniente da família e da equipe médica, que pode ser bastante dolorosa pelo fato de a esperança ainda ser bastante