RESUMO NEUROFISIOLOGIA
Neurobright
LAPEN
Por Diego Magalhães
A membrana celular (não apenas a neuronal) é semipermeável. Sua permeabilidade é seletiva: água (osmose) e substâncias solúveis (as lipossolúveis atravessam com mais facilidade a camada celular bilipídica). Íons inorgânicos não são lipossolúveis, portanto não possuem essa facilidade de permear a membrana. É por isso que, para tanto, são necessário os canais – estruturas proteicas localizadas na membrana celular, que mediam o transporte iônico de fora para dentro da célula e vice-versa. Os íons são hidrossolúveis, assim, os canais (também chamados de poros) são orifícios cheios de água com uma carga elétrica em suas paredes há ductos carregados positivamente (para passar as partículas negativamente carregadas, ânions) e carregados negativamente (para passar as positivas, cátions).
O Estado de Repouso
Há dois princípios para o equilíbrio elétrico da célula:
1. Equiosmolaridade: o número de partículas que contribuem para a osmolaridade (quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente) deve ser equivalente, dentro e fora da célula.
2. Neutralidade elétrica: no mesmo lado (o de dentro ou de fora), deve haver quantidade equivalente de íons positivos e negativos, para que as cargas se anulem e se chegue à neutralidade.
Naturalmente, o deslocamento de partículas dissolvidas depende de seu gradiente de concentração (químico) e de seu gradiente elétrico (físico) os dois juntos são denominados gradiente de potencial eletroquímico do íon. Por isso, os íons aos quais a membrana é permeável devem apresentar o mesmo potencial eletroquímico em cada lado da membrana –o que constitui a situação de equilíbrio que é sempre buscada pela célula. Isto significa que a tendência de um íon para difundir-se para dentro ou para fora da célula, devido ao seu gradiente químico (concentração), deve ser equilibrada pela tendência do gradiente elétrico (carga) através da membrana para mover o íon