Resumo medidas por medidas
Essa explicação nos faz entender um dos motivos de as obras de Shakespeare possuírem, simultaneamente, sofisticação de vocabulário e reflexões profundamente filosóficas, além de trechos de mais fácil compreensão, incluindo piadas escrachadas.
Na história, o personagem Cláudio é condenado à morte porque engravidou a esposa antes de casar-se com ela. Quem profere a sentença é Ângelo, substituto do Duque. O Duque resolveu esconder-se no mosteiro por um período, a fim de ter uma vida mais reservada. Isabella, a irmã de Cláudio, que está prestes a tornar-se uma noviça, vai interceder pelo irmão. Ângelo diz a ela que seu irmão escapará da morte se Isabella deitar-se com ele.
A história inteira é uma grande ironia. Em primeiro lugar, o Duque parece fazer pouco caso de sua própria posição e parece extremamente entediado, dando seu cargo a outro porque está cansado das assembleias. Mas, como frei, ele permanece a par de tudo o que está acontecendo a respeito do julgamento de Cláudio, ao mesmo tempo fazendo-se de desinteressado e armando um plano bastante suspeito pela surdina.
O mais engraçado é que várias pessoas diferentes vão se confessar para o frei e falam mal do Duque a torto e a direito... para ele mesmo, sem saberem.
Enquanto isso, Ângelo deseja condenar Cláudio à morte, sendo que ele mesmo está prestes a cometer um ato que seria muito mais grave do que aquele cometido por Cláudio. Isso fica evidente, e o absurdo da contradição é reforçado em vários pontos do livro.
A parte mais notável da trama se refere ao próprio Duque, que do início ao