Resumo Maloca
O missionário Pedro Massa, participou da catequização dos tukano, no século XX, descreve que com a ajuda de um grupo de índios e de rapazes, fizeram a destruição da grande e velha maloca, o lar dos índios, composta por cozinha, dormitórios, tenda de trabalho, sala de dança.
Dom Bazola, refere-se à maloca como “casa do Diabo”, pois, diz que acontece terríveis orgias, vingança contra brancos e outras tribos, vícios e transmissão de vícios de pais para filhos.
Diz também que os índios ficaram satisfeitos com a destruição da Maloca, e acrescenta que os índios reconheceram que houve melhoria em suas vidas despois de cada família ter sua própria casa.
Já Curt Nimuendaju, um etnólogo que conviveu na tribo na mesma época, descreve que a maloca era um ambiente bem estruturado, devido as condições de moradia, refere-se às casinhas como quentes e mal acabadas, e diz que a convivência na maloca era muito mais amorosa.
Ele interpreta a repugnância do missionário contra a habitação coletiva, como o verdadeiro baluarte de organização e tradição primitiva da cultura pagâ que contraria seus planos de conversão de domínio espiritual e social.
A comunidade maloca é semicomunista, todos os habitantes tem parte em sua posse, mas é dirigida pelo Tuxaua (chefe da família) a relação deles é muito forte, por tem muitos laços sanguíneos.
A estrutura da maloca é de acordo com o sistema familial e social, dividida em 5 zonas, pertencentes a diferentes famílias.
São suas descrições contrarias referente à Maloca dos Tukano, a primeira, totalmente contra a maloca, julgando seus hábitos e culturas, já a segunda descrição, defende a convivência e o ambiente da maloca.
Hoje essa tribo já abandonou a construção “maloca” devido a grande redução em sua população, houve também muitas invasões de garimpeiros e mineradores, principalmente a partir da década de 70.