Resumo: o brasil que os europeus encontraram
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
Departamento de História
Licenciatura Plena em História
RESUMO
O Brasil que os europeus encontraram
REFERÊNCIAS
MESGRAVIS, Laima e PINSKY, Carla Bassanaezi. O Brasil que os europeus encontraram. São Paulo: Contexto, 2000.
Superada a primeira impressão de semelhança geral dos índios, muitas diferenças culturais dos nativos tornaram-se visíveis aos olhos europeus.
As populações indígenas estabelecidas na costa atlântica dividiam-se em dois grandes grupos: os tupis (que ocupavam a faixa litorânea desde Iguape até a costa do Ceará) e os guaranis (antes chamados de carijós). A língua principal ou "geral" tupi foi aprendida com relativa facilidade pelos portugueses e seus descendentes. Essa língua foi codificada em uma gramática pelos jesuítas e tornou-se o meio de comunicação mais usado entre índios das mais diversas culturas e mestiços. A classificação das nações indígenas e sua distribuição pelo território refletem muito a óptica dos cronistas da época e podem não representar exatamente como os índios percebiam suas unidades e subdivisões sociais. Os europeus pareciam estar mais preocupados em saber com quais grupos podiam ou não contar para alcançar seus objetivos. Franceses e portugueses disputavam os nativos por conta de interesses comerciais e geopolíticos. Os índios já divididos entre si por guerras antigas quando estabeleceram os primeiros contatos com portugueses e franceses, fizeram suas opções e alianças conforme o tratamento recebido e as vantagens que poderiam tirar com tais parcerias na luta contra seus próprios inimigos. Conflitos entre grupos indígenas eram vantajosos para os portugueses escravistas que tanto podiam comprar prisioneiros resultantes dessas guerras, quanto obter escravos. Os índios viviam em aldeias, praticando a agricultura, a caça, a pesca e a coleta (antes da chegada dos europeus, os índios desconheciam o gado bovino e o