Resumo Mais-Valia
O trabalho como intercâmbio orgânico homem/natureza é a fonte de todo conteúdo material da riqueza, o capital pode ser acumulado (mas não produzido) por relações sociais que não operam o intercâmbio orgânico com a natureza e desse modo não são trabalho. Contudo, tanto a forma de trabalho citada acima quanto as outras atividades que permitem a acumulação de capital funcionam baseadas na mesma forma: o trabalho assalariado.
A forma que os burgueses acumulam seu capital é explorando os “trabalhadores”. Todos os funcionários tem em comum o fato de seu trabalho gerar lucro para seus patrões, tanto o operário, quanto o professor dão lucro para o capitalista que os contratou. O lucro ocorre, pois a força de trabalho é uma mercadoria que produz maior valor que o custo de produção somado ao salário dos “trabalhadores”. Esse lucro que fica nas mãos do burguês é a chamada mais-valia.
Para o burguês que lucrou com as atividades, ao depositar seu dinheiro no banco, pouco se importa se o dinheiro se originou da transformação da natureza ou de qualquer outra atividade, o trabalho assalariado, portanto, é a fonte de lucro do capitalista, de onde se origina o processo da mais-valia.
O trabalho assalariado iguala todas as formas de trabalho a um só plano, ele abstrai as diferentes atividades humanas e as iguala somente como fonte de mais-valia. Por isso ele é chamado de “trabalho abstrato”. Essa abstração é a desconsideração do trabalho nas relações sociais, pela adoção de um só critério: ser fonte de mais-valia.
O trabalho abstrato é o trabalho explorado pelo capital, portanto não é o contrário de trabalho concreto, e sim de trabalho emancipado, aquele que é a livre produção associada ao comunismo.
Há um complicador em tudo isso, somente o fato da mais-valia ter sido realizada não torna o burguês mais rico automaticamente, pois para a reprodução do capital ser realizada é necessário que ele venda a mercadoria originada da mais-valia.
No começo do mundo