Pesquisa sobre religião
No Brasil, a legislação que trata do aborto qualifica-o como crime contra a vida. O código Penal brasileiro prevê detenção de um a dez anos, de acordo com a situação. São legalmente aceitos quando não há outro meio para salvar a vida da mãe ou quando a gravidez surge após o estupro.
A opinião pública brasileira, predominantemente religiosa, é constituída de várias vertentes cristãs na maioria, sendo 90% da população. Aproximadamente 74% declaram-se católicos romanos, de acordo com o Censo de 2000.
Segundo pesquisa de opinião realizada pelo instituto Vox Populi em 2010, 82% do público entrevistado dizem apoiar que o aborto continue considerado crime.
No entanto, apesar da sociedade brasileira criminalizar o aborto, o Ministério da Saúde estima que sejam realizados entre 500 mil e 800 mil abortos no Brasil anualmente.
A interrupção do processo de gestação não é invenção do mundo contemporâneo. Estudos antropológicos encontraram evidências de sua prática desde a antiguidade, fosse por meio do uso de ervas abortiva, pressão ou mesmo pancadas na região abdominal da mulher grávida.
Do ponto de vista das religiões, praticamente todas as grandes correntes condenam o ato por atentar contra a vida.
No cristianismo há um mandamento atribuído aos apóstolos, datado do século I, que dizia “Não matarás o fruto do ventre por aborto, e não farás perecer a criança já nascida”.
Posteriormente, com a organização política da Igreja Católica Romana, o aborto ganhou forma jurídica com os concílios. No século III decretaram que a mulher que praticasse o aborto merecia a pena de excomunhão. O direito canônico atual, datado de 1398, prevê a excomunhão para todos os envolvidos no ato abortivo, inclusive médicos e enfermeiras.
A religião judaica antiga avaliava que o feto ainda não é um individuo, ou "pessoa", até o momento do nascimento, não impingindo penalidades àqueles que praticavam o aborto.
No islamismo, o