Leonardo Boff inicia o artigo apontando para o fato de que o planeta não aguenta o crescimento sem limites mesmo utilizando novas tecnologias, uma vez que esse suposto crescimento vem de um aumento no uso de bens, energia e serviços naturais.Para os países desenvolvidos o crescimento é suficiente para a evolução intelectual do ser humano, porém, para o caso dos países emergentes é necessário um “crescimento com prosperidade”, que seria importante para atender a sociedade mais carente no caso do crescimento, e para a prosperidade seria a qualidade do crescimento dando apoio a todos os sentidos ao bem estar humano. Um grande risco para esse tipo de crescimento é o fato de que a população seria incitada a consumir cada vez mais, e esse consumismo desenfreado tende a agravar a exploração do planeta, acabando assim com a idéia de sustentabilidade. A grande contradição brasileira que é um país emergente, é realizar o que o governo petista fez: garantiu o mínimo para que a população carente pudesse sobreviver e inseri-los a sociedade através de políticas sociais gerando assim o crescimento, e para as classes já atendidas seria necessário frear esse crescimento para alcançar a qualidade: Educação, relações sociais mais igualitárias, saúde e bem-estar, porém o que ocorre é desigualdade, maiores investimentos nas áreas que já cresceram e pouca preocupação com as áreas que necessitam desse crescimento. Afinal “nunca houve políticas redistributivas: tirar dos ricos (por meios legais) e repassar aos que mais precisam”. Além de todos os problemas, essa obsessão pelo crescimento está acabando com o nosso planeta, por isso é necessário uma nova consciência voltada para o meio-ambiente.
Palavras-chave: Crescimento, Prosperidade, Países desenvolvidos, Países emergentes, Contradição