Resumo Livro de Semiótica
Cáp. 1 do Livro de Semiótica Aplicada
● O lugar da semiótica na obra de Peirce: A semiótica é uma das disciplinas que fazem parte da ampla arquitetura de Peirce. Essa arquitetura está alicerçada na fenomenologia, uma quase-ciência que investiga os modos como apreendemos qualquer coisa que aparece à nossa mente, qualquer coisa de qualquer tipo, algo simples como um cheiro, uma formação de nuvens no céu, o ruído da chuva, uma imagem em uma revista etc., enfim, tudo o que se apresenta à mente. Essa quase-ciência fornece as fundações para as três ciências normativas: estética, ética e lógica e, estas, por sua vez, fornecem as fundações para a metafísica. A estética, ética e lógica são chamadas normativas porque elas têm por função estudar ideias, valores e normas. A lógica também é chamada de semiótica, trata não apenas das leis dos pensamentos e das condições da verdade, mas, para tratar das leis do pensamento e da sua evolução, deve debruçar-se, antes, sobre as condições gerais dos signos. A lógica ou semiótica tem três ramos: A gramática especulativa, a lógica crítica e a metodêutica ou retórica especulativa. A gramática especulativa é o estudo de todos os tipos de signos e formas de pensamento que eles possibilitam, são a adubação, a indução e a dedução. Por isso, a metodêutica e a retórica especulativa compõem juntas o terceiro ramo da semiótica. A gramática especulativa trabalha com os conceitos abstratos capazes de determinar as condições gerais que fazem com que certos processos, quando exibem comportamentos que se enquadram nas mesmas, possam ser considerados signos. Por isso, ela é uma ciência geral dos signos. A teoria semiótica nos permite penetrar no próprio movimento interno das mensagens, no modo como elas são engendradas, nos procedimentos e recursos nelas utilizados.
● A fenomenologia e a semiótica: A fenomenologia é tudo aquilo ou qualquer coisa