RESUMO JOHN LOCKE – CAPÍTULOS III E IV (Segundo tratado do governo civil)
Contextualização
Nascido em 1632, filho de um advogado inglês, John Locke recebeu uma boa educação graças a ricos protetores. Estudou primeiro na Westminster School, em Londres, depois em Oxford. Ficou impressionado com a abordagem empírica da ciência, adotada pelo químico pioneiro Robert Boyle, de quem se tornou ajudante no trabalho experimental.
Embora as ideias inatas empíricas de Locke sejam importantes, foram seus textos políticos que o tornaram famoso. Ele propôs uma teoria de contrato social da legitimidade do governo e a ideia de direitos naturais à propriedade privada. Locke fugiu da Inglaterra duas vezes como exilado político, mas retornou em 1688, após a ascensão de Guilherme e Maria ao trono. Ali permaneceu, escrevendo e ocupando vários cargos no governo, até sua morte em 1704.
Obras-chave
1686 – Cartas acerca da tolerância
1690 – Ensaio acerca do entendimento humano
1690 – Dois tratados sobre o governo
Área – Epistemologia
Abordagem – Empirismo
Fonte: O livro da Filosofia. São Paulo: Globo, 2011.
Segundo Tratado sobre o Governo
Capítulo III – Do Estado de Guerra
“16. O estado de guerra é um estado de inimizade e destruição...” Como dito nos capítulos anteriores, a autopreservação é legítima, onde eu posso tirar a vida de outra pessoa que expõe a minha a algum risco. Quando a minha vida está em risco por conta de algum atentado causado por uma outra pessoa, eu tenho por direito natural, preservar a minha vida, mesmo que para isso eu tenha que tirar a vida da outra pessoa. Pode ser traduzido pelo que entendemos por legítima defesa. É preferível que optemos pelas regras, ou seja, pela racionalidade, mas como alguns seres humanos agem como bestas, como animais, em alguns casos, o julgamento pode ser feito da mesma forma. Digo que em alguns casos, pois adiante Locke afirma que no caso de um atentado eu acabar matando a outra pessoa no