Resumo Grossman
Grossmann começa criticando nossa visão de correto e observa o quanto o Brasil pode ser considerando um país de primeiro mundo quando comparamos as soluções obtidas por trabalhos do cinema, da arquitetura e das artes expostas nas galerias. No entanto isso nega uma crescente tendencia mundial, a valorização do multiculturalismo. Que é um termo que descreve a existências de muitas culturas numa região, cidade ou país. Porém, apesar dessa valorização do multiculturalismo, continuamos a olhar pra fora com uma visão eurocêntrica.
Apelando para uma visão mais abrangente, o que o próprio Grossmann define ironicamente como miopia. Ele nos lembra sobre a irreverência, a ironia, o experimentalismo e o questionamentos presente nas décadas de 1960 e 1970. E alerta como elas foram engolidas pela acomodação generalizada da chamada Geração 80, que era impulsionada pela tendência mundial de “retorno a ordem” aliada a necessidade do mercado de arte contemporânea de ter produtos a venda. Na Geração 80 ocorreu uma espécie de retorno a pintura, uma causalidade convincente que foi frustrada pela falta de apoio e de presença de suas obras in loco(em museus).
Esse retorno a ordem se dá em grande parte à uma ausência de visão de futuro. A vanguarda enfim bate em retirada dando um fim a uma era regida pela dialética maniqueísta. Representado simbolicamente pela queda do muro de Berlim. Sem muros separando o bem e o mal, observou-se um fortalecimento de atitudes conservadoras buscando segurança através de sistematizações e estruturas já conhecidas e historicamente testadas. A pintura retorna com força.
Por outra lado as vanguardas retiraram-se do seu papel militar de revolta e ataque e se infiltraram na chamada “cultura de massa”. Se juntando a quem anteriormente faziam contraposição, a elite. Mesmos os espaços considerados de vanguarda como as bienais acabaram sendo normatizados.
Apesar de tudo,