fines
Este tópico veio à tona em 1982, alguns meses depois de Sandra Day O’Conner se tornar a primeira mulher na Corte. Naquele ano, a psicóloga Carol Gilligan publicou In a Different Voicec, um livro argumentando que as mulheres tendem a tomar decisões éticas com base em cuidados, enquanto os homens são mais propensos a aderir aos princípios rígidos. Devemos sacrificar uma pessoa inocente para o bem maior? Uma resposta de princípios poderia ser, “Sim, a melhor ação maximiza resultados”, ou “Não; Nunca é aceitável sacrificar os inocentes”. Uma resposta relacionada com o cuidado seria mais pessoal e contextual: “Não, se a pessoa é um amigo; Sim, se aqueles que se beneficiariam já sofreram grandes dificuldades”. Gilligan baseou suas conclusões em entrevistas com homens e mulheres jovens, corrigindo assim a perspectiva distorcida sobre o desenvolvimento moral que se tinha, advinda de um trabalho pioneiro sobre o assunto de Lawrence Kohlberg, que entrevistou apenas meninos. A hipótese de Gilligan provocou um debate feroz, e as evidências iniciais estavam misturadas. Em 1983, por exemplo, Nona Lyons constatou que era mais do que cinco vezes mais provável que as mulheres mostrem um raciocínio moral baseado em cuidado; porém, um ano depois, Lawrence Walker