resumo foucault
O que seria poder em Michel Foucault? Será que poderia ser compreendido como algo que pudesse ter início, meio e fim? O que é importante colocar é que Foucault não buscou em suas pesquisas uma definição para o poder. Como relata Roberto Machado, na introdução da Microfísica do poder: o poder não era uma preocupação de Foucault, este, surgiu por acaso em seus trabalhos mais recentes. Para tal, não existe uma Teoria Global de poder em Michel Foucault, até porque para ele, esta formulação não seria possível. O que existe é um entendimento de que este, é constituído historicamente e, como tal, funciona localizadamente.
O poder em Foucault não é sinônimo do Estado, pelo contrário, o poder até aparece como práticas dissociadas do Estado e, mais, reveste-se de um caráter eminentemente positivo ao criar condições favoráveis ao prazer. O arqueólogo, trabalha com a idéia de uma teoria provisória e inacabada e por isso, abandona a visão tradicional de poder, visão esta, restrita e totalitária. Foucault analisará o poder a partir de outros pressupostos. Vai desenvolver suas teorias, buscando ver o poder em lugares antes inimagináveis, vendo-o com autonomia, independente, principalmente do Estado. Como para Foucault, o poder é algo amplo e complexo, não seria possível que ele fosse controlado ou ficasse preso nas mãos do Estado. O Estado não é dono do poder, ele é algo que funciona dentro das relações dos vários poderes. O método de pesquisa adotado por Foucault, objetiva responder o porquê do surgimento dos saberes e como estes se transformam. É o que, numa terminologia Niethzniana, Foucault chamará de GENEALOGIA. É, portanto, do conhecimento do poder e de sua produção, que se formam os saberes e o próprio indivíduo.
É importante esclarecer que Foucault entende que a mecânica do poder é concreta, particular e permeia toda a sociedade e suas instituições, existe no próprio corpo do indivíduo de tal modo que não se