Resumo da Segunda Conferência de Foucault.
As verdades e as Formas Jurídicas, por PaulMichel Foucault 2ª Conferência
Em sua segunda conferência, Foucault, inicia citando a história de Édipo, da peça ÉdipoRei de Sófocles. Segundo ele, esta se encontra totalmente fora de moda e à partir de Freud vem sendo analisada como uma fábula sobre nossos desejos e nosso inconsciente. No ano passado foi publicado um livro de Deleuze e Guattari ,
L’AntiEdipe
, com uma ideia totalmente diferente.
Neste livro, tentam promover que o triangulo edipiano, paimãefilho, para os analistas são uma maneira de conter o desejo; de fazer com que o desejo continue dentro da família. Édipo, portanto, não seria uma verdade e sim um instrumento de coação usado pelos psicanalistas.
Foucault confessa que este problema o atrai muito a pesquisar , não como uma história sobre nossos desejos e do nosso inconsciente, mas como uma história de um poder político. Ele enfatiza que suas pesquisas são somente pesquisas de dinastia e não estruturas.
Ele gostaria de mostrar em suas conferências de que maneira relações políticas se estabeleceram e se investiram com tudo em nossa cultura dando lugar às relações politicas que investem toda a trama de nossa existência.
Foucault procura mostrar como a tragédia de Édipo representa um determinado tipo de relação entre poder e saber; poder político e conhecimento de que as sociedades ainda não se libertaram. Ele gostaria de analisar essa situação, que ele chama de complexo de Édipo.
Segundo Michel Foucault, esta tragédia é o testemunho das primeiras práticas judiciárias gregas. Ele relata um pouco da história de Édipo, que consiste na história de um povo que consegue, por meio de técnicas que serão aqui explicadas, colocar em questão o poder do seu próprio soberano. Ele retrata essa história como uma