Resumo Duplo Haplóide em Milho
Em 1909, por meio de vários trabalhos, o botânico e geneticista norte-americano George Harrison Shull, sistematizou alguns conhecimentos sobre cruzamentos controlados entre diferentes plantas ou linhagens de milho que se complementavam, surgindo assim plantas com produtividades superiores, 2 denominadas híbridos. A proposta de Shull dizia respeito à síntese de híbridos a partir do cruzamento entre duas linhagens endogâmicas, originando plantas com maior potencial produtivo em relação aos seus genitores, sendo este o método mais utilizado e bem-sucedido até os dias de hoje. (ALLARD, 1960).
Pelos métodos convencionais de melhoramento, tanto para o milho comum quanto para o milho pipoca, as linhagens endogâmicas são obtidas por meio de sucessivas autofecundações de famílias pré-selecionadas de uma espiga, em que o pólen de cada planta é coletado da parte masculina (pendão) e depositado na parte feminina (estigma/espiga) da mesma planta. De modo geral, o processo de obtenção de uma linhagem endogâmica leva cerca de 6 a 8 autofecundações, ou 3 a 4 anos (BUENO et al, 2001). Além disso, a obtenção e avaliação de linhagens endogâmicas de milho são as etapas mais onerosas do processo de formação de híbridos, em que o tempo, mão de obra, infraestrutura e recursos financeiros remetem ao produto final um preço mais elevado. Torna-se necessária a busca de técnicas mais sofisticadas, em que linhagens possam ser obtidas em menor espaço de tempo e com menor custo.
Uma alternativa é a técnica dos haplóides duplicados, conhecida também por duplo-haplóides. Para formação dos duplo-haplóides, deve-se realizar a indução de um genótipo à haploidia, a partir do cruzamento desse genótipo com um material especial capaz de induzir as plantas a herdarem apenas o genoma de um dos pais, com posterior duplicação desse material genético com o uso de técnicas laboratoriais e o agente antimitótico colchicina, restaurando a condição diploide do