genética
1.1. Introdução
Ao se analisar um indivíduo, seja uma planta, seja um animal, o que se vê é o conjunto de fatores que ao agirem, cada um a seu tempo, produzem o que se denomina fenótipo. Esse conjunto é composto pelos componentes celulares, sobretudo pelo núcleo, além de um componente chamado ambiental.
O núcleo é o que age de forma decisiva na expressão do fenótipo, ou aparência do indivíduo, pois ele contém o que se denomina a molécula da vida, ou DNA.
Mas o que tem esse DNA que faz com que as ervilhas de Mendel sejam amarelas ou verdes, lisas ou rugosas? Que o feijão tenha flores roxas ou brancas e que suas sementes sejam pretas, marrons ou brancas? O que tem esse DNA que faz o animal engordar mais rápido num bom pasto, em relação a outros animais que não engordam tanto com a mesma forragem? Que estruturas moleculares contribuem para fazer com que esse fenótipo se manifeste diferentemente em épocas específicas de desenvolvimento dos indivíduos? O que faz que tecidos de crescimento vegetativo se transformem em reprodutivo e, por último, como isso passa através das gerações?
A Genética Molecular consegue responder a essas questões, inclusive estabelecendo relações com a Fisiologia Vegetal. Como se trabalha apenas com exemplos vegetais tentarse-á usá-los, em sua maioria, para explorar essas questões e evidenciar a importância de se conhecer intimamente o DNA, sua composição e sua transmissão através das gerações.
1.2. O Gene e a enzima
Ao se cruzar cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.) que têm flores brancas, que sejam homozigotas, obtém-se a primeira geração filial, a F1, com flores de cor púrpura.
Sabe-se que a geração F1 é, por excelência, heterozigota, derivada do cruzamento entre paternais homozigotos, portanto possui em seu genótipo as duas formas alélicas em todos seus genes.
Ao se cruzar as plantas da F1 entre si obtém-se a geração F2, onde se percebe que a proporção de flores púrpuras para