Resumo dos capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro 1808
5. A PARTIDA
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No dia 29 de Novembro de 1807, a nau Príncipe Real levava a bordo o príncipe regente, D. João, sua mãe, a rainha louca D. Maria I, e os dois herdeiros do trono, os príncipes D. Pedro e D. Miguel. Foi uma decisão arriscada. Um eventual naufrágio desse navio levaria para o fundo do oceano três gerações da Dinastia de Bragança O restante da família real estava distribuído em outros três navios. O destino era o Brasil e a razão da fuga era a invasão das tropas francesas que estavam a caminho de Lisboa, não havendo resistência por parte da Coroa portuguesa.
No século XIX, as viagens marítimas eram uma aventura arriscada e demorada, traziam doenças, naufrágios e a pirataria, por isso eram poucos os que se arriscavam a ir tão longe.
A ideia do plano de fuga para o Brasil era antiga, porém a viagem foi decidida as pressas e de forma improvisada. Durante três dias o povo de Lisboa observou o movimento sem entender nada. Como fazer um discurso de despedida era impossível nas circunstâncias, D. João mandou espalhar pelas ruas de Lisboa um decreto no qual explicava as razões da partida, com tal divulgação o povo reagiu de forma indignada, havendo choro e demonstrações de desespero.
Os palácios reais foram evacuados as pressas, as camareiras trabalharam sem parar para a retirada de quadros, tapetes, ornamentos nas paredes. Em caixotes foram colocados o ouro, os diamantes, e o dinheiro do tesouro real que foram enviados para o cais.
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6. O ARQUIVISTA REAL
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No outono de 1807, enquanto as tropas do imperador Napoleão se aproximavam da fronteira de Portugal, o arquivista Luiz Joaquim dos Santos Marrocos (funcionário do príncipe regente Dom João e trabalhava na Real Biblioteca portuguesa), tinha a vida suspensa entre duas cidades - uma no passado e outra no