A estética do Capitalismo e o mundo das coisas
Issn: 1808 - 799X ano 11, nº 17 – 2013
Ensaio
A ESTÉTICA DO CAPITAL E O MUNDO DAS COISAS
Marcelo Micke Doti1 marcelo.micke@uol.com.br Darlan Marcelo Delgado2 darlandelgado@terra.com.br A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma “imensa coleção de mercadorias”, e a mercadoria individual como sua forma elementar.
(Marx. O Capital, 1867)
O aumento da quantidade dos objetos é acompanhada por uma extensão da esfera dos poderes a que o homem está sujeito, e cada novo produto representa uma nova possibilidade de trapaça e embuste mútuo.
(Marx. Manuscritos Econômico-Filosóficos, 1844)
Resumo:
O presente ensaio tem como eixo temático de desenvolvimento a concepção de um espaço produzido pelo capital e inundado de coisas. Porém coisas do capital, ou seja, sua objetivação mais espetacular (no próprio sentido de espetáculo), a mercadoria. Esta fere os sentidos de uma forma completamente diferente de outros objetos, pois se carrega de simbologia estética. Isso conduz a uma forma própria de educação do capital, além de outras: a educação estética e sua violência. Entretanto, não se coloca essa problemática sem a devida referência nas relações de classe e os detentores do poder de decisão de como tal estética
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Professor e pesquisador do Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”
(CEETEPS) na Faculdade de Tecnologia de Mococa (Fatec). Pós-doutor pela UFABC e doutor na área de Planejamento de Sistemas Energéticos pela FEM-Unicamp, mestre em Sociologia pela
FCL/Ar-UNESP e graduado em Ciências Econômicas na mesma instituição.
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Professor e pesquisador do Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”
(CEETEPS) na Faculdade de Tecnologia de Mococa (Fatec). Doutor e Mestre em Educação pela
FCL/Ar-UNESP e graduado em Ciências Econômicas pela FEARP-USP.
TrabalhoNecessário – www.uff.br/trabalhonecessario; Ano 11, Nº 17/2013.
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Issn: 1808 - 799X ano 11, nº 17 – 2013