a periodização na história
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA –
(Texto resumo, elaborado por Antonio Dias Mafra, baseado em RODRIGUES, José Honório. Teoria da História do Brasil: Introdução Metodológica. S. Paulo: Ed. Nacional/INL, Brasília, 1978, p.,125.-133).
A PERIODIZAÇÃO NA HISTÓRIA DO BRASIL – CAPÍTULO 5
Um dos primeiros problemas enfrentado pelos criadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi como dividir a História do Brasil. Na primeira sessão, em 1o. de dezembro de 1838, Januário da Cunha Barbosa propôs uma questão que se tornaria central nas sessões seguintes: “Determinar-se as verdadeiras épocas da história do Brasil e se esta se deve dividir em antiga ou moderna ou quais devem ser suas divisões”. O sócio-fundador, Brigadeiro Cunha Matos propunha três épocas:
1) - relativa aos aborígenes ou autóctones; 2) - compreendendo as eras do descobrimento pelos portugueses e a administração colonial; 3) - abrangendo todos os acontecimentos nacionais, desde a Independência. Após muitas discussões foi proposto que se escrevesse uma história filosófica do Brasil, pois em face da ignorância em que então se vivia a respeito de muitas províncias, atuais Estados, o melhor seria escrever antes a historia particular de cada uma delas e só depois redigir uma história geral cronológica. Cunha Matos lembrou que muitos historiadores faziam uma classificação filosófica dos períodos, descrevendo em primeiro lugar as noticias ou tradições dos tempos fabulosos, depois destes dos heróicos e finalmente os antigos e modernos. Januário da Cunha Barbosa, pode ser considerado o verdadeiro precursor na periodização da nossa história, na quarta sessão, em 1939, propôs: “Marcar as diversas épocas da criação das capitanias gerais do Brasil, da fundação de seus bispados e das suas relações” O general José Inácio de Abreu e Lima, no seu Compêndio da História do Brasil, em 1843, foi quem primeiro pretendeu concretizar a idéia ventilada no Instituto