Resumo do texto "O Problema da Escala", de Iná Elias de Castro
Os gregos antigos já afirmavam que, conforme o tamanho muda, proporcionalmente as coisas mudam: a arquitetura, a física, a biologia, a geomorfologia, a geologia, além de outras áreas do conhecimento, enfrentam também esta mesma situação.
Recentemente, as descobertas de microfisica e da microbiologia colocaram em evidência que na relação entre fenômeno e tamanho não se transferem leis de um tamanho a outro sem problemas, e isto é válido para qualquer disciplina.
Segundo a autora, o geógrafo tem dificuldade em se fazer entender quando utiliza os termos grandes e pequenas escalas para designar superfícies de tamanho inverso a estes qualitativos. Refere-se ao local como grande escala e ao mundo como pequena escala é utilizar a fração como base descritiva e analítica, quando ela é apenas um instrumento. A escala como questão introduz a necessidade de coerência entre o percebido e o concebido, pois cada escala sé faz o campo da referência no qual existe a pertinência de um fenômeno. O problema central nesta perspectiva é a exigência tanto de um nível de abstração como de alguma forma de mensuração, inerente à representação dos fenômenos. Nesse sentido, a escala permite tratar a questão da pertinência da medida em relação a um espaço de referência. É preciso ser justo. A escala enquanto problema epistemológico e metodológico tem sido tema de reflexão de alguns geógrafos, embora em número menor do que