RESUMO DO TEXTO: O LATIM VULGAR E O LATIM LITERÁRIO NO PRIMEIRO MILÊNIO
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Segundo o texto, as línguas vivas apresentam uma variação vertical, que corresponde à divisão da sociedade em classes, e horizontal, relacionada às variações regionais. Também, conforme a situação, os falantes se expressam de maneiras diferentes. Portanto, o latim falado pelo patrício não era igual ao falado pelo plebeu. O latim foi à língua de uma sociedade que foi evoluindo e se tornando cada vez mais complexa. Um aspecto da diversificação da sociedade romana é o aparecimento da literatura latina. O latim clássico surgiu da literatura latina, na qual seus autores buscavam uma escrita que evitasse formas que lembrassem a educação precária das classes subalternas. Esta variedade do latim chegou até nós por meio do trabalho dos monges copistas da Idade Média; sendo bastante estudada e divulgada pelos Humanistas da Renascença; e por isso ela é ainda hoje a variedade do latim a que as pessoas mais conhecem. Desde Diez ficou claro que as línguas românicas não derivam do latim clássico, mas das variedades populares. Portanto, Diez chamou de latim vulgar, termo que visava a opô-la ao latim literário. Para compreender o latim vulgar, o autor apresenta três interpretações para o termo “vulgar”. Primeiro, “vulgar” pode ser entendido como “corriqueiro”, nesse sentido o latim vulgar aparece como uma língua falada e escrita em situações informais. Segundo, tal termo pode ser entendido com o sentido pejorativo de “reles”, “baixo”, associando-se a ideia de expressão própria das camadas populares. Terceiro, pode se entender “vulgar” ligado a “vulgarismo”, como expressões condenadas por suas conotações populares. O texto procura esclarecer que a grande diferença entre o latim vulgar e o latim clássico não é cronológica, não é uma sucessão do latim vulgar para o latim clássico. A grande diferença encontra-se no âmbito social, pois as duas variedades são reflexos de culturas diferentes que conviveram em Roma: De um lado estavam os patrícios, representando uma sociedade