Resumo do Texto: "A historia da educacao e os desafios de investigar outros presentes"
Observações sobre o texto
Ao olhar para a História e fazer um estudo sobre acontecimentos passados, é preciso desfazer-se dos preconceitos e “pré-conhecimentos”. Buscar pesquisar, não como se já soubesse, mas procurar ver nos fatos o que ninguém viu ou ainda contou. Considerar que, por trás de cada fato histórico conhecido, existem seres humanos com emoções, limitações, dilemas, etc. E perceber que a história contada representa apenas um dos diversos pontos de vista; e geralmente é formatada e caricaturada por interesses diversos.
Para sair desse “conteúdo pronto”, é necessário buscar a história em outras fontes e documentos “extraoficiais”, empreendendo outras leituras, examinando diversas contribuições independente de suas “filiações”. E não apenas em bibliografias que só respaldam as ideias já conhecidas e defendidas como verdade absoluta.
Além disso, o olhar lançado sobre todo acontecimento ocorrido em outro tempo deve rejeitar o enfoque/realce de segundas e terceiras intenções que se autodenominam contexto. Pois frequentemente usa-se a noção de contexto na tentativa de validar (tornar coerente) uma determinada argumentação em um estudo.
Exemplo: Tiradentes. Foi um herói ou um sujeito escolhido e usado para representar uma ideologia? Ele tinha a intenção de ser um referencial de luta, um representante nacional, ou ele estava apenas vivendo sua vida frente às possibilidades e limitações de que dispunha, sem ter qualquer certeza de onde suas escolhas o levariam? Será que sua história contada não foi “floreada” e moldada por forças políticas, econômicas e sociais, a fim de responder a esses interesses?
Por isso é imprescindível um enfoque que ultrapasse os esquemas intencionais e pré-elaborados de contextos ou planos de fundo históricos.
Na produção de conhecimento sobre tempos históricos é preciso também romper tendência de projetar sobre homens e mulheres de outros presentes, as coerências