Resumo do texto: Tarifa Zero e Mobilização Popular
Disciplina: Cinema e Literatura: Representação e Sociedade
Curso: Graduação em Adm. Pública
Texto
Arantes, Paulo (2013), Tarifa Zero e Mobilização Popular. In Blog da Boitempo, 03 de Julho de 2013.
Objeto e Objetivo
O texto tem como objeto as manifestações ocorridas no Brasil em Junho de 2013 e como objetivo um superficial entendimento do que elas representam, posto que o movimento encontra-se em andamento.
Argumento
O autor estrutura o texto respondendo duas questões. A primeira: “Como se explica em uma semana um milhão de pessoas terem ido às ruas?” e a segunda: “Com que sonhava o gigante nos vinte anos de sono profundo?”. A resposta do senso comum para a primeira pergunta seria “foram as redes sociais que fizeram isso acontecer”. No entanto, o autor discorda, e utiliza como argumento uma análise feita por Malcom Gladwell.
Em uma análise do movimento por Direitos Civis iniciado por negros no sul dos EUA, Malcom chega à conclusão de que apenas vínculos fortes entre pessoas seriam capazes de impulsioná-las à movimentos ativistas de alto risco. Esse vínculo forte teria como característica principal o relacionamento cara a cara, pautado por uma relação de camaradagem e amizade, ou seja, diferente do que fundamentalmente ocorre nas redes sociais. Para Paulo Arantes, o que ocorreu nas “jornadas de junho” foi também a falta de vínculos fortes que permitissem envolvimento em ativismo de alto risco. O autor traz como exemplo o MST, no qual a camaradagem em que se baseia o faz existir por 25 anos e permite que se envolva em ativismos considerados de altíssimo risco.
Quanto à segunda questão, o autor inicia com uma reflexão sobre a distinção entre sonho noturno e diurno. O noturno caracteriza-se pelo “pensar para trás”, o que já ocorreu, ou seja, o inconsciente, enquanto o diurno caracteriza-se pelo “pensar para frente”. O diurno seria o devaneio, o “sonhar acordado”, sem o qual não suportaríamos o ritmo de trabalho insano a