análises litérarias
Em uma semana, ocorreram quatro grandes protestos na cidade de São Paulo contra o aumento da passagem do transporte público. O primeiro foi na quinta-feira retrasada, 6 de junho; os seguintes aconteceram nos dia 7, 11 e 13. Todos eles resultaram em confrontos com a polícia militar. A cada edição, o número de manifestantes é maior – assim como a violência usada para contê-los. No último, os números variavam entre 10 mil e 20 mil participantes. Nesta quinta (13), mais de 200 pessoas foram presas, incluindo jornalistas, e foram publicados na internet inúmeros vídeos e relatos de pessoas que presenciaram extrema violência policial contra manifestantes e transeuntes pacíficos. Agora, outras cidades já estão realizando os seus protestos. Para muitos, a repressão deu ao movimento novo teor: não se trata apenas de alguns centavos a mais na passagem de um meio de transporte de má qualidade. Tem a ver com o direito dos cidadãos de se manifestar pacificamente. Quando este texto estava sendo finalizado, o evento no Facebook para o quinto protesto em São Paulo, marcado para esta segunda (17), contava com mais de 260 mil confirmados.
É um bom momento para relembrar outros movimentos populares que fizeram história no país – há boas chances de algo do tipo ser abordado nos vestibulares deste ano.
Apesar de ter sido um movimento de caráter político-militar, o professor de história do cursinho do XI, Samuel Loureiro, pede para que o aluno dê atenção também para a Intentona Comunista de novembro de 1935, tentativa fracassada de golpe contra o governo de Getúlio Vargas feita pelo PCB (na época, Partido Comunista do Brasil) em nome da Aliança Nacional Libertadora. É que o movimento tem uma característica importante que remete aos protestos desta semana: a tarifa zero do transporte público. Foi estabelecido um governo revolucionário em Natal, no Rio Grande do Norte, que determinou que os bondes seriam gratuitos para a população. Mas esse governo durou apenas três