Resumo do Relatório do Desenvolvimento Humano 2005
Em cada hora, mais de 1.200 crianças morrem longe do olhar dos meios de comunicação. É o equivalente a três tsunamis por mês, todos os meses, a atingir os cidadãos mais vulneráveis do mundo – as crianças.
Com a tecnologia, recursos financeiros e o saber acumulado de hoje, o mundo tem as condições necessárias para ultrapassar a privação extrema. Todavia, enquanto comunidade internacional, permitimos que a pobreza destrua vidas numa escala que minimiza o impacto do tsunami.
Os governos de todo o mundo, reunidos nas Nações Unidas, assinaram a Declaração do Milênio – uma promessa solene de libertar os nossos semelhantes, homens, mulheres e crianças, das condições abjetas e desumanas da pobreza extrema.
A maioria dos países está fora do caminho para a maior parte dos ODM (Objetivos do Desenvolvimento do Milênio). O desenvolvimento humano está esmorecendo em algumas áreas fundamentais e as desigualdades já profundas estão a alargar-se.
A cimeira da ONU (Organização das Nações Unidas) dá uma oportunidade crítica para adotar os planos de ação corajosos necessários, não só para voltar ao caminho dos objetivos de 2015, mas também para vencer as profundas desigualdades que dividem a humanidade e forjar um novo e mais justo padrão de globalização.
Em vez de produzir ação, a cimeira da ONU poderá gerar outra ronda de declarações altamente sonantes, com os países ricos a oferecerem mais palavras e nenhuma ação.
A ajuda internacional é um investimento fundamental no desenvolvimento humano. Nas condições corretas, o comércio pode ser um forte catalisador do desenvolvimento humano.
As políticas comerciais dos países ricos continuam a negar aos países pobres e às pessoas pobres uma parcela justa da prosperidade global.
Conflitos violentos arruínam a vida de centenas de milhões de pessoas. São uma fonte de violações sistemáticas dos direitos humanos e uma barreira ao progresso no sentido dos ODM.
O ESTADO DO