Resumo do livro 'PSICOLOGIA: UMA (NOVA) INTRODUÇÃO'
Uma visão panorâmica e crítica
O processo de criar uma nova ciência é muito complexo: é preciso mostrar que ela tem um objeto próprio e métodos adequados ao estudo desse objeto, que ela é, enfim, capaz de firmar-se como uma ciência independente das outras áreas de saber.
No seu sistema de ciências não cabe uma “psicologia” entre as “ciências biológicas” e “sociais”. O principal empecilho para a psicologia seria seu objeto: a “psique”, entendida como “mente” não se apresenta como um objeto observável, não se enquadrando, por isto, nas exigências do positivismo.
A psicologia científica reivindica um lugar à parte entre as ciências. Por outro lado não conseguiu se desenvolver sem estabelecer relações cada vez mais estreitas com as ciências biológicas e com as da sociedade.
Precondições sócio-culturais para o aparecimento da psicologia como ciência no século XIX
A Experiência da Subjetividade Privatizada
Ter uma experiência da subjetividade privatizada bem nítida é muito fácil e natural: todos sentem que parte de suas experiências é íntima, que mais ninguém tem acesso a ela.
Com maior frequência temos a sensação de que aquilo que estamos vivendo nunca foi vivido antes por mais ninguém, de que a nossa vida é única, de que o que sentimos e pensamos é totalmente original e quase incomunicável. Essa experiência de sermos sujeitos capazes de decisões, sentimentos e emoções privados só se desenvolve, se aprofunda e se difunde amplamente numa sociedade com determinadas características.
Grandes irrupções da experiência subjetiva privatizada ocorrem em situações de crise social, quando uma tradição cultural é contestada e surgem novas formas de vida.
Quando há uma desagregação das velhas tradições e uma proliferação de novas alternativas, cada homem se vê obrigado a recorrer com maior constância ao seu “foro íntimo” – aos seus sentimentos, aos seus critérios do que é certo e do que é errado. Nessa situação, o homem descobre que é