Resumo do livro pedagogia da autonomia
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e se desenvolve o que venho chamando de “ curiosidade epistemológica “ , sem a qual não alcançamos o conhecimento global do objeto.
Faz parte da tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos mas também ensinar pensar certo. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo.
Pensar certo do ponto de vista do professor, tanto implica o respeito ao censo comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito e o estimulo a capacidade criadora do educando.
Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos.
Transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo o seu caráter formador.
Do ponto de vista do pensar certo não é possível mudar e fazer de conta que mudou. E que todo pensar certo é radicalmente coerente. Pensar certo é fazer certo.
Quem pensa certo busca seriamente a segurança da argumentação sem nutrir raiva desmedida contra a discordância. É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco. A grande tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo com o ser humano a irrecusável prática pratica de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem se comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. O pensar certo é dialógico e não polemico.
A pratica docente crítica implicante do pensar certo, envolve movimento