Resumo do Livro Memória de Minhas Putas Tristes
Rosa Cabarcas, já velha era dona de uma casa clandestina, disfarçada de armazém, que costumava avisar seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. Havia sido a cafetina mais discreta e por isso a mais conhecida Uma mulher corpulenta que queríamos coroar sargenta dos bombeiros, tanto pela corpulência como pela eficácia para apagar os candeeiros da paróquia. Mas a solidão tinha diminuído seu corpo, havia acanelado sua pele e aveludado sua voz com tanto engenho que parecia uma menina velha. De antes, só lhe restavam os dentes perfeitos, com um que tinha mandado forrar de ouro por coqueteria. Guardava luto fechado pelo marido morto depois de cinquenta anos de vida comum, e o aumentou com uma espécie de boina negra pela morte do filho único que a ajudava em suas vilanias. Só lhe restavam vivos os olhos diáfanos e cruéis, e através deles me dei conta de que ela não tinha mudado de índole.
A menina virgem, tinha uns catorze anos. Pela descrição que Rosa Cabarcas faz “era bela, limpa e bem educada”, trabalhava pregando botões em uma fábrica. Quando o homem a vê pela primeira vez a descreve: “Era morena e morna, tinha sido submetida a um regime de higiene e embelezamento que não descuidou nem os pelos incipientes de seu