Resumo do livro de Emile durkheim
A Sociologia Positivista de Emile Durkheim (1858–1917)
1 - Introdução
A idéia de que a vida está disposta numa teia interminável e aparentemente caótica, parece perturbar o homem no seu caminhar durante muito tempo. Na trajetória de constituição da Ciência (em sentido mais amplo), as questões relativas à natureza de um fenômeno e sua maneira de ocorrência, assumiram constantemente um caráter central no pensamento filosófico-científico. Desde os filósofos pré-socráticos e sua pretensão de investigar a natureza das coisas até uma ciência contemporânea, percebe-se um movimento na direção de compreender o mundo a partir de uma articulação dos fenômenos, tal como acontecem com as explicações teóricas acerca do próprio acontecimento. De antemão, é preciso retomar o princípio da razão suficiente:
“Dado A, necessariamente se dará B” e também que “Dado B, necessariamente houve A”.
O princípio da razão suficiente afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão para existir ou para acontecer, e que tal razão (causa ou motivo) pode ser conhecida pela nossa razão. O princípio da razão suficiente costuma ser chamado de princípio de causalidade para indicar que a razão afirma a relação de existência de relações ou conexões internas entre as coisas, entre os fatos, ou entre ações e acontecimentos. Isso não significa que a razão não admita o acaso ou ações e fatos acidentais, mas que ela procura, mesmo para o acaso e para o acidente, uma causa. A diferença entre causa (ou razão suficiente), e a causa casual (ou acidental) está em que a primeira se realiza sempre, é universal e necessária, enquanto a causa acidental ou casual só vale para aquele caso particular, para aquela situação específica, não podendo ser generalizada, ou seja, ser considerada válida para todos os casos ou situações iguais ou semelhantes, pois justamente, o acaso ou a situação são únicos. Diante disso, poderíamos questionar: em que