Resumo do caso dick
CURSO DE GRADUAÇÃO
CASO DICK
MANAUS – 2012
LUCIANO MARCIÃO DE LIMA
CASO DICK
MANAUS – 2012
Caso Dick A clínica psicanalítica com a criança autista tem como seu primeiro registro o caso clínico de um garoto de quatro anos, Dick, publicado por Melanie Klein em 1930. À época, a síndrome do autismo infantil precoce ainda não era conhecida, fato que somente veio a ocorrer na década de 1940, com Léo Kanner. Mas a noção de autismo, sim, desde sua descrição original por Bleuler em 1911, ao publicar Dementia Praecox oder Gruppe der Schizophrenien, livro que se tornaria um clássico da psiquiatria. O pequeno Dick fora diagnosticado pelo psiquiatra, Dr. Forsyth, como demente precoce, e em seguida, encaminhado a Melanie Klein com o pedido de tratamento psicoterápico, conforme a recomendação do médico. Klein percebeu que o caso de Dick era similar, mas não se enquadrava completamente nas classificações de demência precoce de Kraepelin nem na de esquizofrenia de Bleuler. Segundo a autora, a ausência de pensamentos fantasiosos nas brincadeiras de Dick refletia uma característica impressionante e distinta de outros casos já relatados de crianças ensimesmadas. Para a psicanalista, seria natural imaginar a impossibilidade de analisar Dick, devido à ausência da fala, a falta de relação afetiva, o ensimesmamento e o desinteresse pelos brinquedos. No entanto, Klein observou que o simbolismo, revelado por detalhes do comportamento da criança, seria o bastante para dar início ao tratamento do pequeno garoto. Klein (1930) considerou a possibilidade de analisar Dick por meio da técnica do jogo, que naquele tempo estava sendo empregada em crianças neuróticas. Dessa forma, conferir sentido simbólico ao comportamento generalizado de uma criança ensimesmada passou a ser designado por Klein uma ação interpretativa essencial. Assim foi criado o modelo