resumo do capítulo - fim do socialismo - livro Era dos Extremos
China era nacionalmente homogênea, ou seja, cerca de 94%da população era chineses Han, porém formara uma unidade política única que durou mais de 2 mil anos. E durante desses 2 milênios, a maioria dos chineses considerava o seu império como o centro e modelo da civilização mundial, sendo que o resto do mundo considerava ele e muitos outros países comunistas culturalmente atrasados e marginais. Esse senso de autossuficiência e auto confiança da civilização chinesa tradicional fez com que o país não estivesse preparado para a expansão imperial do Ocidente no século XIX. E a modernização mais tarde só foi possível na base da revolução social contra o antigo império e da revolução cultural contra o sistema confuciano.
A revolução comunista chinesa foi alimentada pela extrema pobreza e condições de vida precária dos trabalhadores e campesinatos chineses. O que transformou os comunistas chineses de agitadores derrotados para a força líder do povo chinês foi o uso do ódio dos “bárbaros” estrangeiros que espalhava entre os chineses. Nisso os comunistas se diferenciaram dos seus rivais, o partido Kuomintang, que era comandado pelos líderes militares, apoiado pela classe média alta urbana e pretendia a construir uma república democrática na China. Embora os dois partidos eram apoiados pelas massas diferente e tinham ideologia diferente, vieram do mesmo movimento anti-imperialista, o Movimento do Maio, liderado pelo Sun Yatsen, um patriota, democrático e socialista, contando com o apoio da Rússia soviética. Depois da morte do Sun, o seu sucessor no Kuomintang Chang Kai Shek rompeu com os russos e comunistas, travando uma guerra de guerrilha recuando os comunistas, a chamada “Longa Marcha”, para o extremo noroeste, assim controlando a maior parte do país. Porém, a falta de genuíno, a má administração e o abandono de projetos de modernização fez com que Kuomintang perdesse a popularidade e diante da invasão dos japoneses, o partido que já estava