Resumo de “Crepúsculo dos Ídolos (ou como filosofar com o martelo)”, de Friedrich Nietzsche
A “Razão” na Filosofia
Nietzsche inicia o capitulo com uma critica aos filósofos, afirma que estes acreditam desesperadamente no Ser e como forma de justificar a dificuldade em “apoderar-se” deste, adotam a sensibilidade, as sensações como fator enganador. Diz ainda que buscam se desvencilhar do engano dos sentidos, pois nos afastam do “mundo verdadeiro”, dizem não a tudo que possa nos levar a crer nos sentidos.
O autor então cita Heráclito discordando de seu testemunho que diz que os sentidos mentem, que na verdade nós, que adotamos a “razão” introduzimos a mentira, na ideia da unidade, da substancia e da duração. E que Heráclito tem razão quanto ao fato de o Ser ser uma ficção vazia.
Para ele, em nossos sentidos estão os maiores e melhores instrumentos de observação, o nariz, segundo ele, é o mais delicado de todos. Afirma que a única ciência que realmente podemos confiar é aceitar os sentidos e o resto (metafisica, teologia, psicologia, teoria do conhecimento) não é ciência.
Outra critica aos filósofos está no fato de confundirem o que vem primeiro e o que vem por ultimo. Para ele, o primeiro sempre serão valores superiores, conceitos mais elevados criticando assim o fato da humanidade ter aceitado, pelos filósofos, que o mais tênue, o derradeiro seria o primeiro.
Nietzsche nos relata que justamente o fato de adotarmos uma identidade, uma unidade, a coisidade, o Ser em si nos leva ao erro. O “erro do Ser” segundo ele é introduzi-lo por meio do pensamento e o adotar como a própria causa.
Por fim, resumo sua visão em quatro proposições. Na primeira, demonstra a incoerência de referir-se ao mundo como “este mundo”, pois a existência de um outro é indemonstrável. Na segunda, afirma as características atribuídas ao Ser são na verdade características do “nada”, uma ilusão de ótica moral. A terceira, ele explica que a fabula do mundo “diverso” existe pela necessidade