Resumo de “Algumas observações sobre o conceito de inconsciente na psicanálise” – 1912
Freud, nesse ensaio, tem a intenção de expor brevemente o conceito do termo "inconsciente" na psicanálise. Partindo da ideia de que um elemento psíquico qualquer pode aparecer e desaparecer na consciência, é possível afirmar que tal elemento é e permanece latente nela.
A partir desse direcionamento, Freud destrincha o sentido da palavra "inconsciente": primeiramente, como a ideia latente - enquanto as ideia apercebida é denominada "consciente".
Tal divisão pode ser exemplificada através do experimento da "sugestão pós-hipnótica", que se baseia na execução desperta de uma ordem dada para o paciente em estado de hipnose. Eficiente e inconsciente. Outro exemplo para essa eficácia é a psique do paciente histérico – seus efeitos são os sintomas.
Com a análise dos fenômenos neuróticos, para Freud, fica evidente que existem pensamentos latentes com mais força do que antes pensados. Dessa forma, mais uma distinção é feita: pensamentos pré-conscientes (que penetram a consciência) e inconsciente (que não penetra a consciência). Ambos podendo produzir efeito.
A diferença se dá a partir da resistência que o produto eficaz do inconsciente tem para adentrar no consciente (esforço esse que produtos pré-conscientes não têm que fazer, já que sua fluidez para o consciente não gera rejeição). Partindo dessa observação, uma teoria é desenvolvida: todo ato psíquico começa inconsciente e pode ou não permanecer assim, caso encontre ou não resistência - e, só então, a diferenciação entre pensamentos pré-conscientes e inconsciente é feita.
Porém, tais conceitos não são os mais elaborados da psicanálise. Ela se baseia, essencialmente, nos estudo dos sonhos. É através deles que os pensamentos se transformam, se disfarçam e se distorcem, de maneira que o inconsciente representa um aliado; acessam a consciência quando não deveriam ter esse poder; quando um pedaço do inconsciente emerge na