TRABALHO DE GPV
USO RACIONAL DE TECIDOS
INTRODUÇÃO
Este Manual apresenta uma revisão dos processos de Confecção, evidenciando os tipos de rejeitos gerados, os riscos à saúde dos trabalhadores e, principalmente, o método de
Produção mais Limpa (PmaisL) aplicada ao setor e as respectivas leis ambientais inerentes, viabilizando a redução da geração dos resíduos na fonte.
O desenvolvimento do tema considera os aspectos tecnológicos e ambientais do proces- so de confecção, visando estabelecer estratégias de prevenção que reduzam impactos ambientais, custos de gerenciamento, riscos à saúde e ao meio ambiente. Além disso, há o objetivo de disponibilizar informações a respeito das formas de tratamento e disposição adequados para os resíduos gerados neste processo.
O presente manual aborda estratégias que permitem reduzir o impacto ambiental e eco- nômico e é dirigido aos empresários, prestadores de serviços e colaboradores do setor de confecção, consultores, universidades e instituições de conhecimento, instituições gover- namentais, comunidades e iniciativa privada.
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
1.1 HISTÓRICO DO SETOR DE CONFECÇÃO NO BRASIL
A indústria Têxtil e de Confecção deu origem ao processo de industrialização no Brasil. O início desta história precede a ocupação do país pelos portugueses, já que os índios exer- ciam atividades artesanais, com técnicas de entrelaçamento manual de fibras vegetais, produzindo telas com diversas finalidades, inclusive para proteção corporal.
No período de colonização, a indústria ainda sofria forte influência de acordos internacio- nais e era extremamente descontínua. As diretrizes da política econômica das colônias eram ditadas pela Metrópole e aconteciam conforme os interesses do colonizador. Mas, foi neste período que começou a primeira política industrial nacional, em 1844, quando foram elevadas as tarifas alfandegárias para a média de 30%, fato que propiciou um es- tímulo à