Resumo de texto

O desafio do PROEJA como Estratégia de Formação dos Trabalhadores
Trabalho feito com informações colhidas nos Institutos Federais de Educação, Ciências e Tecnologia em Geral – IFTs de Goiás e Espírito Santo, que visa analisar a implementação do PROEJA nesses estados, apontando suas limitações e desafios.
1 – O lugar da formação dos trabalhadores na política educacional pública A educação profissional (EP) sempre foi tida como responsabilidade do Estado. Deveria ser um direito, mas nem sempre foi assim. Foi criada para evitar a ociosidade e demais desvios dos pobres, através das escolas dos aprendizes artífices, que evoluíram para as escolas técnicas federais (CEFETs). Posteriormente, os CEFETs assumiram o lugar de local de educação de excelência, não sendo mais de acesso fácil aos pobres e trabalhadores. A EP desse público ficou a cargo da iniciativa privada, que visava o lado técnico para suprir suas necessidades. Quando a EP passou a ser obrigatória no 2º grau, evidenciou-se a precariedade das escolas públicas. Quando finalmente é desvinculada do 2º grau ,em 1997 instituem-se cursos rápidos só de EP para suprir as necessidades do mercado. Apenas em 2005 foi instituído o PROEJA, que integrava a EJA à EP.
2 – O lugar ou não lugar ocupado pelo Proeja nos IFTs investigados
Levando em consideração que cada CEFET, hoje IFTs, deve reservar 10% das suas vagas ao PROEJA, destinadas aos jovens e adultos das camadas mais populares e tomando como base algumas pesquisas, chega-se à conclusão de que o que o sujeito do PROEJA encontra nos IFTs, é um não lugar, pois não conseguem ser reconhecidos como merecedores dessa educação de excelência. As pesquisas apontaram que há uma separação entre os alunos do PROEJA e os alunos dos outros cursos das instituições analisadas, um desprestígio dos sujeitos do PROEJA.
Em Vitória, o PROEJA teve como base precursora o EMJAT – Ensino Médio para Jovens e Adultos Trabalhadores, entretanto, assim como em Goiânia, que não teve EMJAT, não