Resumo de psicologia das organizações
Schutz, psicólogo e pesquisador dos assuntos que dizem respeito ao comportamento humano em pequenos grupos, já no prefácio do seu livro reproduz um interessante incidente que exemplifica sua abordagem teórica:
“As pessoas precisam umas das outras.
Laurie tinha por volta de três anos, quando, numa noite, ela pediu minha ajuda para se despir. Eu estava no andar de baixo e ela no superior, e... bem.
- Você já sabe se despir sozinha, eu respondi.
- Sim, ela responde.
De qualquer forma, há ocasiões nas quais as pessoas precisam umas das outras, mesmo que saibam como fazer as coisas sozinhas. À medida que, lentamente, baixava o jornal, um forte sentimento ia tomando conta de mim, um misto de prazer, embaraço e orgulho; prazer por aquilo que eu acabava de ouvir nada mais era do que a concretização de muitos pensamentos fortuitos sobre o comportamento interpessoal; embaraço porque Laurie verbalizara com tanta facilidade aquilo que eu vinha remoendo durante tantos meses; e orgulho porque, afinal de contas, ela era minha filha.”
Embora tão simplesmente formulado, esse conceito tem o mérito de ser o ponto de partida todas as vezes que se reconhece que ninguém vive isolado, nem pode pretender existir no vácuo. Há, em torno de todos nós, um universo de coisas, mas há principalmente pessoas de quem se depende mais do que se possa superficialmente avaliar.
Em nenhum outro contexto, o aspecto grupal é tão fundamental como naquele no qual as pessoas convivem umas com as outras, para conseguirem que um trabalho seja feito. Neste caso, as pessoas precisam interagir da maneira mais produtiva possível para que os objetivos almejados possam ser atingidos. Quando essa interação positiva é atingida, nota-se a existência daquilo que muitos autores denominam sinergia, onde o todo é mais que a simples soma das partes, ampliando assim o potencial das forças individuais, atingindo-se dessa forma maior eficácia do grupo como um todo.
De acordo com Schermerhorn,