Resumo de homo videns
Videoeleições
Cabe agora examinar outros dois aspectos específicos: a sua incidência eleitoral e a sua incidência no governo.
Qual é o peso da influencia do jornal sobre as escolhas feitas pelos eleitores?
Para medir realmente a influencia eleitoral dos jornais seriam necessários elementos “confractuais”, como a ausência de outros jornais, ou relações invertidas de força entre os próprios jornais.
Em alguns casos é quase certo que a influencia da televisão é decisivo nas eleições.
Os efeitos da vídeopolitica têm um raio muito amplo de abrangência. Um desses efeitos com certeza é que a televisão personaliza as eleições.
Seja como for, quando se fala em personalização das eleições se entende que valem mais as “caras” (se são telegênicas, se “furam” na televisão ou não), e que a personalização se torna generalizada, considerando que a política “pelas imagens” se centraliza na exibição de pessoas.
O sistema eleitoral e o sistema partidário, portanto. São variáveis importantes no sentido de favorecer ou dificultar a personalização da política. Nos sistemas presidenciais, a personalização da política é máxima, como ocorre de modo especial nos Estados Unidos, onde também a força da televisão é máxima.
Um último aspecto é que a videopolitica tende a destruir o partido- às vezes mais e outras vezes menos conforme os lugares-, sobretudo o partido organizado de massa que na Europa dominou o cenário durante quase um século.
A política teleplasmada
Há uns cinqüenta anos o político fazia política mesmo tendo pouco conhecimento do assunto, como também por outro lado, pouco se interessando em saber qual fosse a vontade dos seus eleitores. No passado, portanto, o representante era amplamente independente dos seus eleitores, privilégios e prerrogativa somente do assim chamado político fidalgo, não eram ligados a nenhum partido ou por algum vinculo programático, e de costume era eleito (era a época do sufrágio restrito sem oposição.
No decorrer do século