Resumo da “Primeira Meditação” e da “Meditação Segunda” de René Descartes.
A Primeira Meditação, “Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida”, tem como peculiaridade o fato de não se tratar aí de “estabelecer verdade alguma, mas apenas de me desfazer desses antigos prejuízos”, como diz o autor no rodapé da página. Ela começa com Descartes dizendo que há algum tempo percebeu que recebeu muitas falsas opiniões como sendo verdadeiras, e todas as coisas que ele formou como princípios poderiam ser incertas e duvidáveis. Ele então, espera a idade madura para se desfazer de suas opiniões formadas, suas falsas verdades. Mas, segundo ele, não é necessário desfazer-se de todas, visto nem todas são falsas, nem será necessário analisá-las uma a uma, mas sim os princípios aonde elas se apoiaram. Todas as verdades que Descartes tinha até o momento aprendeu através dos sentidos, então não se deve confiar inteiramente neles, visto que já foram enganosos. Há coisas que não podem ser enganosas, como o fato de ele estar sentado, escrevendo. A não ser, que ele se compare a loucos, que se asseguram ser uma coisa, quando na verdade são outra. Contudo, Descartes diz que é homem e que lhe ocorre às vezes confundir seus sonhos com a realidade, e o choque é tanto que é quase capaz dele se persuadir e dizer que está dormindo. Supõe-se então que estamos dormindo e que todos os nossos atos não passam de meras ilusões e que nosso corpo não é como o vemos. Todavia, temos que reconhecer as coisas em sonhos, se assemelham a quadros e pinturas que são representações de coisas reais, feitas por coisas reais. E mesmo duvidando da existência do meu corpo, há coisas indubitáveis como a natureza corpórea, o mundo ao nosso redor, pela sua grandeza, seu número, pelo tempo de existência e coisas semelhantes. Ainda que desconfiemos de ciências como a Física, a Astronomia, a Medicina, ciências que dependem de coisas existentes na natureza, há as ciências exatas como a