Meditações - Descartes

René Descartes: Meditações
- Resumo
O texto inicia-se com uma declaração de Descartes sobre os motivos que o levaram a escrever as meditações. Seu objetivo era provar que as questões de Deus e da alma deveriam ser demonstradas mais pelas razões da Filosofia que da Teologia. Para ele, não parecia possível, jamais, persuadir os infiéis de religião alguma se, primeiramente, elas não fossem provadas pela razão natural. Segundo Descartes, muitos não iriam compreendê-las por serem longas e dependentes umas das outras, exigindo, assim, um espírito inteiramente livre de todos os preconceitos e que possa facilmente desligar-se do comércio dos sentidos. Dessa forma, ele pretendia acabar com os erros e as falsas opiniões presentes no espírito dos homens.
Após essa apresentação inicial, Descartes sintetiza de maneira simples as seis meditações. Na primeira, ele adianta as razões pelas quais se pode duvidar de todas as coisas, principalmente materiais. Na segunda, o espírito que supõe que todas as coisas não existem reconhece que é absolutamente impossível, no entanto, que ele próprio não exista. Com isso, estabelece uma distinção entre as coisas que lhe pertencem, ou seja, a natureza intelectual, e as que pertencem ao corpo. Também conclui que o corpo humano pode facilmente perecer, mas que o espírito ou a alma do homem é imortal por sua natureza. Na terceira meditação, Descartes explica longamente o principal argumento de que se serve para provar a existência de Deus. Na quarta, prova que as coisas claras e distintas são verdadeiras e, ao mesmo tempo, explica em que consiste a razão do erro ou falsidade. Na quinta, explica a natureza corpórea tomada em geral e demonstra, por novas razões, a existência de Deus. Também revela que a certeza das demonstrações geométricas depende do conhecimento dele. Na última meditação, Descartes descreve os sinais da distinção entre ação da imaginação e ação do entendimento e apresenta todas as razões das quais é possível concluir a