Resumo da Obra: A Utopia Antropofágica
Nos capítulos II e III de seu livro “A Utopia Antropofágica”, Oswald de Andrade disserta a cerca da ideologia da poesia Pau Brasil, bem como sobre o movimento antropofágico, movimento esse que foi idealizado por ele.
O objetivo que se pretendia alcançar ao criar a referida poesia era o de criação de uma poesia de exportação, enquanto o movimento antropofágico brasileiro tinha como objetivo a deglutição ou a “devoração crítica” da cultura de povos do exterior e também de povos do interior de nosso país.
No estilo telegráfico, Oswald realizou criticas que se fundamentavam na idéia de que não devemos negar outras culturas, todavia, não devemos imitá-las. Em seu livro ele ironiza a submissão da cultura brasileira à cultura estrangeira. Oswald propunha a deglutição das culturas importadas para que as mesmas fossem reelaboradas com autonomia, e posteriormente, pudessem ser exportadas por nós.
Em sua obra, Oswald sofreu influência do marxismo, e buscou fundamentação filosófica para a antropofagia nas obras de Nietzsche, Engels, Bachofen, Briffault e outros autores.
Oswald não critica a sociedade industrial apenas, muito pelo contrario. Ele tinha como entendimento a idéia de que sem a sociedade industrial burguesa, não seria possível alcançar formas primitivas de existência. E de acordo com ele, é só o movimento antropofagico que é capaz de separar os pontos positivos e negativos dessa civilização, eliminar o que não é bom, e aproveitar os pontos positivos para promover a revolução Caraíba, e o desenvolvimento da homem “bárbaro tecnizado”.
De acordo com ele, a revolução Caraíba é capaz de devolver o impulso originário, ela é maior que a revolução francesa, é a “unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem”. Oswald propõe resistência à consciência enlatada.
Em sua obra é defendida a idéia de que nunca fomos catequizados, de que não admitimos o nascimento da lógica entre entre nós. Ele diz que não adquirimos